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2 de fev. de 2017

Refletindo sobre os padrões dos Círculos Femininos


Há algum tempo venho refletindo sobre os padrões dos Círculos Femininos... sobre o olhar romântico para certas coisas! 
Precisei de uma década me identificando para então me desidentificar de tudo em questão de alguns meses.
Precisei carregar escudos em nome da lua, olhar com compaixão para todas as mulheres, resgatar partes de mim, acolher o que foi e convidar a todas a olhar para frente. Nunca foi difícil me fazer pequena diante da Mãe Divina. Até que compreendi que a guerreira ferida mantém armaduras por carregar memórias e promessas proferidas. E que estas memórias que passavam por mim, além de um grande amor pelas mulheres, buscavam reconciliação com o Pai Eterno. 
Precisei me render aos pés do masculino e olhar para o Medo do Amor do Pai. Precisei me fazer pequena diante do Pai (do Sagrado Masculino) e largar mão de todos os recursos, para que o ponto da Verdade se revelasse. E qual minha surpresa?! Solte-se!! Como Dente de Leão me soltei ao vento, confiei na dança da Unidade... e eis que me reconciliei com o Pai Eterno.
Se em nome de Deus um dia interferimos no fluxo da vida, machucamos e exterminamos... em nome da Deusa empoderamos mulheres... e o que estas tem feito? A energia predadora não escolhe gênero!
Zelo por Círculos Femininos, aquele lugar que a todos inclui! Estimulo espaços de partilhas para homens, com um centro e uma liderança de escuta sensível, capaz de tocar os corações. Existem mulheres sem útero, que nunca sangraram! Não posso definir uma mulher! Assim como não posso dizer que homem não tem ventre, que não tem coração, que não sente!
Tenho conversado sobre transexualidade, relações homoafetivas, o sentimento de repulsa á maternidade, o re-surgimento de práticas antigas a custos altíssimos; O amor que tece novos caminhos. Bem como a capacidade de mudança/mutação/transformação que o ser humano traz consigo, que gera uma nova humanidade. Tantos termos, conceitos, grupos, subculturas... a busca louca por uma identidade, por identificar-se! O anseio por ser aceito, por sentir-se pertencente! A busca pelo Amor! 
Podemos desenvolver um novo olhar, um olhar que contempla a nudez dos acontecimentos. Podemos ampliar nossa consciência com um simples gole de Encontro. Tenho convidado aos homens para os Círculos Femininos, com cuidado e delicadeza, para que todos e todas se sintam respeitados.
E se você escolhe usar saia ou calça, ou ir de pijama ao encontro, tudo bem, eu vejo a Unidade em você!
Para aquelas/aqueles que perguntam o que fazemos lá... co-criamos uma nova realidade! 

Ana Paula Andrade 


Imagem: 
Ana Paula Andrade por Dani Leela

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