Este Espaço tem por objetivo compartilhar leituras, falar de encontros, educação, eco-feminismo, parto humanizado, cultura de paz, espiritualidade, dança... de movimentos que o Universo faz pelos quais nos encontramos.
Seja bem vindo, a entrada é franca e amiga... mas chegue com o coração aberto, senão, de nada vai adiantar estar aqui!

2 de fev. de 2017

Refletindo sobre os padrões dos Círculos Femininos


Há algum tempo venho refletindo sobre os padrões dos Círculos Femininos... sobre o olhar romântico para certas coisas! 
Precisei de uma década me identificando para então me desidentificar de tudo em questão de alguns meses.
Precisei carregar escudos em nome da lua, olhar com compaixão para todas as mulheres, resgatar partes de mim, acolher o que foi e convidar a todas a olhar para frente. Nunca foi difícil me fazer pequena diante da Mãe Divina. Até que compreendi que a guerreira ferida mantém armaduras por carregar memórias e promessas proferidas. E que estas memórias que passavam por mim, além de um grande amor pelas mulheres, buscavam reconciliação com o Pai Eterno. 
Precisei me render aos pés do masculino e olhar para o Medo do Amor do Pai. Precisei me fazer pequena diante do Pai (do Sagrado Masculino) e largar mão de todos os recursos, para que o ponto da Verdade se revelasse. E qual minha surpresa?! Solte-se!! Como Dente de Leão me soltei ao vento, confiei na dança da Unidade... e eis que me reconciliei com o Pai Eterno.
Se em nome de Deus um dia interferimos no fluxo da vida, machucamos e exterminamos... em nome da Deusa empoderamos mulheres... e o que estas tem feito? A energia predadora não escolhe gênero!
Zelo por Círculos Femininos, aquele lugar que a todos inclui! Estimulo espaços de partilhas para homens, com um centro e uma liderança de escuta sensível, capaz de tocar os corações. Existem mulheres sem útero, que nunca sangraram! Não posso definir uma mulher! Assim como não posso dizer que homem não tem ventre, que não tem coração, que não sente!
Tenho conversado sobre transexualidade, relações homoafetivas, o sentimento de repulsa á maternidade, o re-surgimento de práticas antigas a custos altíssimos; O amor que tece novos caminhos. Bem como a capacidade de mudança/mutação/transformação que o ser humano traz consigo, que gera uma nova humanidade. Tantos termos, conceitos, grupos, subculturas... a busca louca por uma identidade, por identificar-se! O anseio por ser aceito, por sentir-se pertencente! A busca pelo Amor! 
Podemos desenvolver um novo olhar, um olhar que contempla a nudez dos acontecimentos. Podemos ampliar nossa consciência com um simples gole de Encontro. Tenho convidado aos homens para os Círculos Femininos, com cuidado e delicadeza, para que todos e todas se sintam respeitados.
E se você escolhe usar saia ou calça, ou ir de pijama ao encontro, tudo bem, eu vejo a Unidade em você!
Para aquelas/aqueles que perguntam o que fazemos lá... co-criamos uma nova realidade! 

Ana Paula Andrade 


Imagem: 
Ana Paula Andrade por Dani Leela

25 de abr. de 2014

Como lidar com os "chiliques" da criança

Por Carla Poppa

Como lidar com os “chiliques” da criança?


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É muito comum que os pais se sintam inseguros sobre como devem agir diante dos gritos e choros mais intensos das crianças, os chamados “chiliques”. Alguns pais acreditam que devem ignorar esses comportamentos, enquanto outros receiam deixar a criança sozinha em um momento no qual ela parece ter perdido o controle das suas emoções. Essa dúvida sobre como agir nessas situações é compreensível, já que o comportamento da criança pode ser semelhante em situações que envolvem sentimentos e sensações diferentes. Por isso, na maioria das vezes, os pais só conseguem se sentir seguros em relação à atitude que estão adotando na medida em que puderem identificar e se sintonizarem com o sentimento que desencadeou esse comportamento na criança.

É importante, então, tentar discriminar qual o sentimento que está motivando o “chilique”. É possível que a criança esteja frustrada e o chilique, seja na verdade uma birra. É possível também que a criança esteja com raiva ou ainda cansada. Todas essas sensações e sentimentos podem ser expressos com comportamentos que apresentam algumas diferenças sutis, mas que, em geral, são muito parecidos (mau humor, choro, gritos…) porque a criança pequena ainda está aprendendo a verbalizar o que sente. No entanto, para que esse aprendizado possa acontecer, a criança precisa da ajuda dos cuidados que os pais lhe oferecem. E eles precisam ficar atentos, pois cada sensação ou sentimento que a criança experimenta “pede” um cuidado diferente.


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O chilique pode ser birra ou a expressão da frustração da criança.

Em um contexto no qual a criança ouve um “não” e é impedida de fazer o que deseja, é possível que ela se sinta frustrada e o chilique seja uma expressão da sua frustração. Se os pais julgam que não é adequado comprar o brinquedo que a criança está pedindo e ela se joga no chão e começa a gritar no meio da loja, o cuidado que contribui para o seu crescimento é o limite. A criança só pode desenvolver a capacidade de tolerar a própria frustração a partir da capacidade dos seus pais de suportar a insatisfação que a criança experimenta nessas situações, o que eles demonstram quando conseguem impor e sustentar o limite. Nessas horas, vale tirar a criança de cena. Nesse exemplo, sair da loja de brinquedo para que tanto a criança perceba que não vai conseguir o que deseja agindo dessa forma, como também para que os pais possam se sentir mais tranquilos sem a pressão dos olhares das outras pessoas pode ser uma boa ideia. Para que essas cenas não se repitam com tanta frequência, quando a criança estiver calma, os pais precisam conversar e explicar o sentido do “não”. A capacidade que a criança tem de entender o motivo dos limites pode ajudá-la a lidar melhor e a suportar a frustração em uma situação futura.


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O chilique pode ser um acesso de raiva.

O chilique também pode ser a expressão da raiva que a criança sentiu em alguma situação. É possível que a criança esteja brincando com os amigos e quando encontra com os pais começa a reclamar, a dar um “chilique”, negando-se a fazer o que os pais pedem, por exemplo, o que costuma desencadear uma briga. Essas situações podem revelar que a criança estava sentindo raiva de algo que aconteceu em um momento anterior, quando estava com os amigos. É comum os pais entrarem em sintonia com o que a criança está sentindo sem perceber e sem conseguir pensar sobre o que pode ter provocado essa irritação, já que essas atitudes, geralmente, são logo rotuladas como “malcriações”.

Quando isso acontece, os pais ficam impedidos de oferecer o cuidado que pode ajudar a criança nessas situações. Ou seja, não conseguem ajudar o filho a contar o que aconteceu, a “desabafar” para que ele possa aprender a falar sobre o(s) seu(s) sentimento(s), assumindo o controle das suas ações, em vez de de agir dominado pelo que sente.


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O chilique pode ser uma demonstração do cansaço da criança.

Os chiliques também podem ser demonstrações do cansaço da criança. Essas situações podem ficar mais frequentes quando os finais de semana são tomados por atividades, privando a criança da oportunidade de descansar. Ou ainda, quando os passeios com a criança costumam se estender para atender aos diversos compromissos do dia a dia. Quando a criança passa do limite do seu corpo e fez coisas demais, é comum que ela fique mais agitada e precise da ajuda dos seus pais para se acalmar e conseguir descansar. No entanto, às vezes, durante a agitação, a criança acaba desobedecendo e fazendo coisas que não deve. Se os pais reagirem a essas atitudes de maneira agressiva, os choros e os gritos da criança podem tomar conta da situação e privar a criança do cuidado que ela precisa para reestabelecer o contato com o seu corpo e a sua sensação de cansaço.

Assim, se a criança começar a chorar, gritar, espernear, o primeiro passo (o mais importante) é fazer essa diferenciação e tentar identificar qual sensação ou sentimento está motivando o chilique. É dessa forma que os pais podem oferecer com maior segurança o cuidado que contribui para o crescimento dela.

14 de fev. de 2014

Uma história cotidiana de angústia, desencontro, amor e reencontro

Por Ligia Moreiras Sena

O celular tocou e eu atendi.
Fui empurrando o carrinho de compras em direção às gôndolas de meu interesse quando ouvi gritos muito nervosos de criança. Choro, misturado com grito, misturado com raiva, misturado com desespero. Todos pararam o que estavam fazendo em função dos gritos.
Tentei me concentrar no telefonema. Não consegui. Encerrei a conversa dizendo que ligava na sequência e fui atrás.
Eu sou daquele tipo de pessoa louca que, ouvindo gritos, vai atrás para ver se pode ajudar de alguma maneira. Não consigo passar por gritos como se nada fossem, como se ali não houvesse alguém sofrendo ou com problemas.
Fui.
Parei no corredor e consegui avistar, lá longe, muitos metros adiante, uma mãe e uma criança.
A criança, um menino aparentando entre 5 e 6 anos, estava sendo puxado pela mãe, que aparentemente falava em um celular, com rosto também aparentemente envergonhado pelo escândalo do filho. Ela no celular e o menino se esgoelando, gritando coisas como: "Para mãe, para mãe!". Ele gritava isso repetidamente e, por ver que não recebia resposta, entrou em um surto nervoso onde sequer se conseguia ouvir o que dizia. Era muito grito, muito choro, muito desespero. E ela, visivelmente consternada pelo escândalo, focava toda sua atenção no celular, como se aquela suposta conversa fosse capaz de tirá-la daquela situação.
Ela caminhava a passos muito rápidos, puxando o garoto pela mão, que ia sendo arrastado, gritando, olhando para trás, com o braço esticado, como se quisesse continuar no mercado. Não conseguindo puxá-lo sem arrastá-lo literalmente pelo chão, então deu duas bofetadas na cabeça dele, puxou-o pela orelha e pelo cabelo e aquilo e nada pareceu a mesma coisa: o guri continuava gritando, nervoso e desesperado. Deu dois fortes tapas e puxou sua orelha como se nada fosse, ainda ao telefone. Então simplesmente guardou o aparelho - e foi quando percebi que realmente não havia ligação nenhuma, era uma "fuga social", uma forma de fugir "socialmente" daquele momento desagradável -, puxou-o por uma das pernas e por um dos braços e foi carregando o filho assim. Que continuava a gritar.
O supermercado fica dentro de um shopping.
Eles já haviam saído do mercado e caminhavam pelo corredor do shopping.
Eu também.
Larguei meu carrinho e fui atrás, observando tudo.
Sinceramente? Temia pelo menino. Era visível que ela perderia o controle a qualquer momento e viria com tudo pra cima dele. Eu simplesmente não podia pensar em ir embora e saber aquele menino em risco. Fiquei lá. Enxerida? Bisbilhoteira? Vigia da moral e dos bons costumes? Não. Nada disso. Não sou nem um pouco moralista, nem acho que as pessoas devem se meter na vida dos outros. Exceto quando os outros estão correndo risco. Crianças, especialmente. Sim. Sou aquele tipo de pessoa "psicopata" (já fui chamada assim; aliás, já fui chamada de tantos nomes que, se eu contasse, poucos acreditariam...) que ao ver um marmanjo ou uma marmanja bater em criança faz questão de constrangê-lo. Porque violência contra criança, meu caro, minha cara, não dá. Violência contra criança, meu camarada, simplesmente não dá. Não é porque temos filhos que temos direito de agredi-los. E existem leis que protegem os menores. E uma de nossas funções enquanto cidadãos ativos e conscientes é, também, a de protegê-los. Então, realmente, não sou daquele tipo de cidadã que assiste a tudo de camarote com o dedo (e a língua) em riste para criticar, julgar e apontar, enquanto fica bem sentadinha em sua cadeira estofada sem fazer absolutamente nada. Ou enquanto há, atrás de si, um passado de descaso e/ou agressão com os próprios filhos, mas, ainda assim, sentindo-se apto a criticar o outro.
Então a mãe se dirigiu a uma loja, arrastando atrás o filho. Gritos e mais gritos. Bastante constrangida, mas ignorando-o sumariamente. Ela, então, procurou algo em uma prateleira, achou - o menino gritando -, colocou na cesta - o menino gritando -, e seguiu em frente.
Eu atrás. Pronta para interferir no primeiro golpe a ser desferido contra ele (não, primeiro não; segundo ou terceiro; ela já havia esbofeteado o garoto, quando eu ainda não havia decidido segui-los).
Então ela foi para a fila do caixa. Segurava pelo braço o menino, que estava atirado ao chão, vermelho de tanto gritar, as lágrimas correndo em rios.
Na fila, na frente deles, uma moça com três filhas maiores. Em função dos gritos, a mãe das três filhas se virou e deu de cara com a mãe do menino. Que, ao fitá-la... desabou a chorar...

Colocou a mão no rosto e teve a maior crise pública de choro que eu já havia presenciado...
Largou a mão do menino.
Ele gritava, ela chorava. Uma situação muito difícil. De dar pena mesmo.
Como os gritos do garoto pioravam a cada momento, a mãe das três filhas foi acudi-lo. E ficou lá a mãe do garoto. Chorando. Chorando muito. Sozinha.
Aí eu não aguentei mais e fui...

Enquanto a mãe das meninas acalmava e amparava o menino (dizendo coisas como: "Querido, olha pra mim, olha aqui pra mim. Você quer tomar um sorvete? Vamos, vamos levar a mamãe pra tomar um sorvete?"), eu fui até a mãe dele, coloquei um braço em volta de seus ombros e apenas disse: "Você quer tomar uma água, ou um suco? Vamos? A gente vai com vocês...".
Ela chorava muito... E simplesmente disse "Quero...". Quase sussurrando... Sem nem me olhar nos olhos. Virei-me para a moça das três filhas e disse: "Vamos todos?".
A mãe das meninas, então, pediu para a filha maior permanecer na fila do caixa, pagar e encontrá-la no café em frente. A mãe do menino deixou cair a cesta com a única coisa que havia separado. A mãe das meninas deu a mão ao pequeno. Eu segui em frente com a mãe dele e a pequena turma atrás. Todos da fila nos olhavam.
Então sentamos todos em uma mesa. A mãe das meninas pediu uma água, um sorvete para o pequeno e dedicou-se exclusivamente a ele.
A crise de choro havia cessado, mas os soluços ainda persistiam.
Um silêncio constrangedor de nossa parte - mãe dele e eu.
E foi quando ouvimos a mãe das três filhas dizendo:
"Mas por que você estava chorando tanto? Você quer me contar?"
Ao que ele respondeu, entre soluços:
- "Meu Hot Wheels caiu lá no mercado..."
- "E você quer tentar procurá-lo?"
- "Quero...".
Então a moça das três filhas se virou para a mãe dele e disse:
- "Ele trouxe um Hot Wheels?"
- "Sim, trouxe..." - sussurrou a mãe, com uma expressão que nem sei definir... - "Mas eu não sabia que tinha caído..."
- "Tudo bem por você se eu for com ele até lá, tentar achar? Minhas filhas ficam aqui, com vocês". - disse a mãe das três filhas, dando a entender que "Ei, confie em mim. Estou confiando em você".
- "Tudo bem... Pode ir sim".
E lá se foi a mãe das três filhas com o filho da outra mãe.
Eles se foram e ficamos nós.
Então perguntei a ela se queria conversar. Disse que tinha visto tudo, todo o choro, todos os gritos e que vi o quanto ela estava se sentindo envergonhada, mas que não tinha motivo nenhum pra se envergonhar, porque todo mundo que tem filho consegue, pelo menos um pouco, entender. E que quem não entende e prefere julgar, na verdade, não faz a menor ideia do que é criar uma criança.
Ela, então, voltou ao choro profundo.
E, entre um suspiro e outro, tentou me dizer o que sentia.
Disse que havia se separado recentemente. E que estava muito difícil para ela. Que ela simplesmente não estava conseguindo lidar com o filho que, obviamente, também estava sentindo. Mas ela não sabia o que fazer... Que estava se sentindo muito sozinha. E que embora morasse no mesmo terreno que mãe, irmão e outros familiares, estava muito sozinha.
Chorava muito...
Eu? Bom... Eu já estava chorando junto fazia tempo...
Claro que consegui me colocar no lugar dela. Acho que toda mulher consegue se colocar nesse lugar: sentir-se só. Ver-se só. Sentir-se em profunda dificuldade e não poder transparecer, e ter que segurar a onda, fazer sacrifícios emocionais com medo de que respingue num filho, numa filha...
Eu só conseguia ouvi-la, e segurar na sua mão, e colocar mais água no copo.
Por fim, disse a única coisa que senti que podia dizer:
- "Olha, entendo como você se sente. De verdade mesmo. Porque criar um filho ou uma filha parece, mesmo, em muitos momentos, algo muito solitário, embora estejamos cercados por pessoas. Mas acho que todo mundo se sente assim. Todo mundo pode passar por isso, muita gente passa por isso, muita gente mesmo. Tem muita gente que deixa de passar por isso não porque queira, mas porque tem medo de enfrentar o desconhecido. E ninguém tem uma fórmula mágica. Ninguém. Não vou te dizer filosofias não. A realidade, muitas vezes, não deixa brechas para filosofia. Mas tem uma coisa que pode te ajudar: isso que acabou de acontecer. Você viu por que ele estava gritando?"
- "Pois é... Pelo Hot Wheels. Mas eu não sabia que tinha caído... Pra tu vê..."
- "Vocês não se falaram. Não se comunicaram. Um não olhou no olho do outro e disse o que precisava dizer. Foi só isso. Então, olha, eu não sei o que te dizer nessa situação além disso: tentem se ouvir mais. Se são só vocês dois na maioria do tempo, agora, vocês precisam se ouvir. Precisam ser confidentes. Um precisa ouvir o outro. Ele só gritou assim o tempo todo porque não conseguiu sua atenção...Eu sei que está difícil pra você, mas pra ele também está. E ele apanhou. Não bata, mesmo que esteja no seu limite, não bata... ".
Eu entendia que ela não havia dado atenção porque, puxa... Estava sofrendo muito também... Mas não dar atenção ao filho não a aliviou do sofrimento nem resolveu sua angústia, pelo contrário: só piorou tudo.
Ela ficou ali pensando, assoando o nariz e, então, chegou a mãe das três filhas com o garoto. Ele com o carrinho na mão... Rosto inchado de chorar. Lábios comprimidos de criança que acaba de achar algo do qual gosta muito.
Ele, então, sentou na cadeira e ficou mexendo no carrinho, cabeça baixa.
Olhei para aquela mãe das três filhas. Cruzamos nossos olhares mas não conseguimos dizer nada. Ela, apenas, colocou as duas mãos sobre o peito... como se pudesse também sentir aquela dor.
Claro que podia.
Todas nós podíamos.
Tanta dor naquele curto episódio...
Por pura humanidade, no sentido de "ser humano".
Por pura falta de comunicação.
Por pura falta de confiança, mãe no filho, filho na mãe. Falta de confiança no fato de que, sim! Podiam confiar um no outro! Podiam contar um com o outro! Eles dois eram, agora, todo o seu núcleo familiar, sem mais ninguém, precisavam ter total confiança um no outro.

Depois que o menino chegou com seu carrinho, ficou um clima estranho.
E a mim só me restou dizer: "Querido, senta aqui do ladinho da mamãe. Você já está melhor, a mamãe também. Já está tudo bem".
Ele logo sentou e perguntou se ela queria sorvete, e ela disse que sim.
Então dei um abraço muito forte nela (e ela em mim, o que também me fez muito, muito bem...). Perguntei se podia dar um beijo nele e ele deixou. Beijei-o.
A moça das três filhas disse que ficaria mais um pouco (a caçula estava comendo algo). Despedi-me dela e, em seu ouvido, disse: "Obrigada". E ela apenas me respondeu: "Obrigada".

Saí dali e fui caminhando, muito lentamente, de volta ao supermercado.
Meu carrinho ainda estava no mesmo lugar.
Nem quis pegar o que faltava. Fui ao caixa, paguei e fui embora.
Coloquei as coisas no porta malas, sentei, fechei a porta e... chorei um tanto.
Chorei por tudo. E chorei por nada.
Pela vida ser confusa. Pela vida ser simples. Pela comunicação ser difícil. Por tanta coisa ser demasiadamente fácil. E difícil ao mesmo tempo. Por estarmos tão cheios de amigos. Por estarmos tão sozinhos. Por pensar na dor dela. Que também podia ser a minha. Por pensar naquele menino gritando, apenas, somente, por seu carrinho. Por pensar na minha filha... Por pensar que quero poupá-la de toda dor do mundo. Por saber que eis aí uma missão fadada ao fracasso...

Decidi contar essa história aqui por dois motivos.
Primeiro: muitas vezes vemos uma mãe ou um pai enlouquecidos frente a uma criança, atacando-a violentamente, e temos ímpeto de atacá-los (aos pais) também. É natural. Não dá pra ver a imensa injustiça da violência contra um ser indefeso que é a criança sem nos abalarmos. E nada, nada justifica a violência contra a criança. Mas é preciso lembrar que, embora ali seja a criança quem precisa da mais emergencial ajuda, não é somente ela... O adulto também precisa. O imenso problema é: nem todos querem ser ajudados. Aliás, muito poucos querem. Muito poucos conseguem ver que os problemas sérios da vida cotidiana os tiram do prumo e que é o lado mais fraco da corda quem sofre mais. E aqueles que não querem... Oras... Passam, muitas vezes, uma vida fugindo disso. Enquanto perpetuam seu ciclo de agressão.
O segundo motivo é: em um momento de dificuldade com seu filho ou filha, de gritos, choro, crise, pare. Pare tudo o que estiver fazendo. Abaixe-se até ficar na altura de seus olhos. Segure-o pelos bracinhos e diga: "O que foi? O que aconteceu? Me diga: o que eu posso fazer pra te ajudar?". A resposta pode tanto ser um angústia facilmente solucionável quanto algo inalcançável. Mas o importante não é se conseguimos ou não fazer o que a criança quer, mas que estamos ali para ouvi-los, que eles nos olharam nos olhos e nós nos deles. Que foi estabelecido um contato importante, um vínculo de confiança, um "ouvir". E todo mundo quer ser ouvido... Ninguém quer ser ignorado em suas angústias.

Se você puder resolver facilmente, resolva.
Se não puder resolver, explique porquê não pode.
Se a crise continuar, continue a ouvi-lo, a perguntar, a dar atenção.
Pare o que está fazendo, pare de caminhar, desligue o telefone, pare de digitar e diga: "Estou aqui. Estou com você. Me dá um abraço".
Às vezes, eles nem conseguem o que querem, mas sentem-se tão amparados e protegidos que deixam-se abraçar e se acalmam. E todo mundo tem mais condição de ouvir e entender quando está calmo...

Isso que vivi ontem, por tabela, por meio de outras pessoas, mexeu muito comigo. Fui dormir agarrada na minha filha, pensando neles. Em como será que estariam naquele momento.
Torcendo para que estivesse tudo bem.
E para que, talvez, um estivesse encontrando apoio no colo do outro.
Porque é, também para isso, que mães/pais e filhos vêm juntos em uma mesma caminhada.


5 de dez. de 2013

Verdades sobre o leite de vaca que quase ninguém sabe



Ao longo dos últimos 40 anos, a indústria de laticínios gastou bilhões de dólares em campanhas publicitárias criadas para hipnotizar e seduzir as pessoas à consumirem seus produtos.

Toda essa publicidade “colorida” é divulgada em hospitais, consultórios, escolas, asilos, jornais e revistas como se fosse uma verdade absoluta, com informações que levam as pessoas erroneamente a pensarem que sem leite elas ficarão doentes. Quem é que nunca ouviu uma pessoa (principalmente de mais idade) dizendo: você precisa tomar leite para ter ossos fortes. Isso é um engano, pois podemos conseguir quantidades altas de cálcio em diversos alimentos que não são de origem animal como gergelim, verduras verde-escuras, algas, feijão preto, tofu entre muitos outros.
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Agora vamos aos fatos sobre o leite, que poucas pessoas ouviram por aí:

De acordo com John Pierre, uma vaca produz leite para amamentar o seu filhote por cerca de até um ano depois do nascimento. Esta secreção que contém mais de 60 hormônios e fatores de crescimento, é projetado para leva-lo de 29 kg quando nasce à 317 kg em menos de um ano – uma verdadeira façanha.

Durante a gravidez, o nível de estrogênio vai às alturas (ele chega a ser 30 vezes maior do que quando ela não está carregando um bezerro). Isso significa, que as grandes indústrias da carne e do leite, para aumentarem seus lucros, elevam os níveis hormonais das coitadas das vaquinhas, resultando em um alto teor de gordura no leite, que agrava ainda mais o aumento dos níveis de estrogênio em humanos. Os altos níveis de estrogênio, estão associados entre muitas doenças, ao câncer.

Quando as crianças tomam uma enorme quantidade de leite (na inocência dos pais em pensar que aquilo será maravilhoso para os ossos), eles estão sendo inundados por estrogênio, levando a uma epidemia de puberdade precoce. Fora isso, junto com este estrogênio, vem uma quantidade enorme de antibióticos em cada copo de leite, ai você me pergunta: Como assim, antibióticos? Como as pobres vacas são forçadas a produzirem milhares de litros de leite, as tetas ficam tão pesadas que começam a se arrastar pelo chão, que consequentemente se arrastam por pilhas de estrume, provocando assim infecções (mastite) e por isto, os antibióticos são administrados.

Outra fator muito perigoso é o de crescimento, semelhante à insulina 1 (IGF-1). Quando os seres humanos consomem este hormônio, os níveis de IGF-1 no corpo, também aumentam. Infelizmente, se as células de câncer de mama ou de próstata estão expostos ao IGF-1, elas se proliferam como ervas daninhas, que acabam levando a doença a um ritmo alarmante . Curiosamente, esta informação importantíssima nunca é incluída na embalagem de produtos lácteos.

Pediatras como o Dr. Benjamin Spock (que também é um autor influente e best-seller de livros para os pais) e o Dr. Jay Gordon têm sido fortes defensores de uma dieta livre de produtos lácteos para crianças. O Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável (uma organização sem fins lucrativos), cujos membros incluem 150.000 profissionais de saúde, sempre foramcontrários ao consumo de leite de vaca .

Infelizmente, as escolas de medicina muitas vezes são influenciados pela indústria do agronegócio, onde ela continua também a influenciar consultórios de pediatras com campanhas de marketing projetado para empurrar sua ideologia altamente manipuladora, por isso não é surpreendente que muitos pediatras bem-intencionados estão mal informados sobre os perigos dos produtos lácteos.

Felizmente, muitos pais estão acordando para a verdade sobre estes produtos e buscando alternativas mais saudáveis. Leite de arroz, amêndoas, cânhamo e de coco são boas opções para muitas crianças e adultos. Estes podem ser facilmente utilizados com cereais integrais, aveia, e sopas cremosas. Um ótimo método de ganhar nutrientes tanto para adultos, quanto para crianças, é a utilização de leite de arroz em smoothies, acrescentando frutas, couve, espinafre e outras folhas verdes, criando uma bebida maravilhosa e nutritiva. As folhas verdes são melhores fontes de minerais do que os produtos lácteos. Muitos verdes não contêm apenas quantidades generosas de cálcio, mas outros nutrientes essenciais para a construção da saúde óssea, como magnésio e a vitamina C. Ser fisicamente ativo também é importante para a construção de ossos, e é mais um motivo para tirar as crianças do sofá.

Deve-se pensar muito sobre a real necessidade do seu filho em ingerir laticínios agora que sabe-se tudo isso. Aconselho a procurar um pediatra e/ou nutricionista que possa instruir melhor sobre a substituição do leite.

Cuidar para que as crianças evitem os produtos lácteos é uma das coisas mais amorosas, carinhosas e responsáveis que um pai pode fazer por seus filhos, por eles mesmos, e para a construção de um mundo mais saudável.

29 de out. de 2013

Atritos

Atritos - Roberto Crema
*Atritos*

Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso. É nos relacionamentos que nos transformamos. Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas. À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos. Sem eles, a vida seria monótona, árida.

A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.

Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar. É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.

Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando- me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.

Outras, sem dúvidas, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas.
Faz parte...

Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência.

Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise. Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheios de excessos.

Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado? Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor...

Pois, Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor.

Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar... Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.

Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins. Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado, faz parte da construção do aprendizado do amor. Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e... os superando.

Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento... E envolvimento gera atrito. Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor. E sem ele a vida não tem significado.

Roberto Crema

22 de ago. de 2013

22 coisas que pessoas felizes fazem diferente

Existem dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que escolhem ser felizes e aquelas que optam por ser infelizes. Ao contrário da crença popular, a felicidade não vem da fama, da fortuna ou de bens materiais. Ela vem de dentro. A pessoa mais rica do mundo pode estar miseravelmente infeliz, enquanto um sem-teto pode estar sorrindo e contente com a sua vida. As pessoas felizes o são porque se fazem felizes. Elas têm uma visão positiva da vida e permanecem em paz com elas mesmas.
 
A questão é: como elas fazem isso?
É muito simples. As pessoas felizes têm hábitos que melhoram suas vidas e se comportam de maneira diferente. Pergunte a uma pessoa feliz e ela vai dizer:
1. Não guarde rancor.

As pessoas felizes entendem que é melhor perdoar e esquecer que deixar que sentimentos negativos as dominem. Guardar rancor é prejudicial e pode causar depressão, ansiedade e estresse. Por que deixar que uma ofensa de alguém exerça algum poder sobre você? Se você esquecer os seus rancores, vai ganhar uma consciência clara e energia suficiente para apreciar as coisas boas da vida.
2. Trate a todos com bondade.
Você sabia que foi cientificamente provado que ser gentil faz você feliz? Ser altruísta faz seu cérebro produzir serotonina, um hormônio que diminui a tensão e eleva o seu espírito. Tratar as pessoas com amor, dignidade e respeito permite que você construa relacionamentos mais fortes.
3. Veja os problemas como desafios.
A palavra "problema" não faz parte do vocabulário de uma pessoa feliz. Um problema, na maioria das vezes, é visto como uma desvantagem, uma luta ou uma situação difícil. Mas quando encarado como um desafio, pode se transformar em algo positivo, como uma oportunidade. Sempre que você enfrentar um obstáculo, pense-o um desafio.
4. Expresse gratidão pelo que já tem.
Há um ditado popular que diz: "As pessoas mais felizes não têm o melhor de tudo, elas fazem o melhor de tudo com o que elas têm". Você terá um sentido mais profundo de contentamento se contar suas bênçãos em vez de ansiar pelo que você não tem.
5. Sonhe grande.
As pessoas que têm o hábito de sonhar grande são mais propensas a realizar seus objetivos que aquelas que não o fazem. Se você se atreve a sonhar grande, sua mente vai assumir uma atitude focada e positiva.
6. Não se preocupe com as pequenas coisas.
As pessoas felizes se perguntam: "Será que este problema terá a mesma importância daqui a um ano?" Elas entendem que a vida é muito curta para se preocupar com situações triviais. Deixar os problemas rolarem à sua volta vai, definitivamente, deixar você à vontade para desfrutar de coisas mais importantes.
7. Fale bem dos outros.
Ser bom é melhor que ser mau. Fofocar pode até ser divertido, mas, geralmente, deixa você se sentindo culpado e ressentido. Dizer coisas agradáveis sobre as pessoas leva você a pensar positivo e a não se preocupar em julgá-las.
8. Não procure culpados.
Pessoas felizes não culpam os outros por seus próprios fracassos. Em vez disso, elas assumem seus erros e, ao fazê-lo, mudar para melhor.
9. Viva o presente.
Pessoas felizes não vivem do passado ou se preocupam com o futuro. Elas saboreiam o presente. Se envolvem em tudo o que está fazendo no momento. Param e cheiram as rosas.
10. Acorde no mesmo horário todos os dias.
Você já reparou que muitas pessoas bem-sucedidas tendem a ser madrugadores? Acordar no mesmo horário estabiliza o seu metabolismo, aumenta a produtividade e nos coloca em um estado calmo e centrado.
11. Não se compare aos outros.
Todos têm seu próprio ritmo. Então, por que se comparar aos outros? Pensar ser melhor que outra pessoa leva a um sentimento de superioridade não muito saudável e, se pensar o contrário, acabará se sentindo inferior. Então, concentre-se em seu próprio progresso.
12. Escolha seus amigos sabiamente. 
A miséria adora companhia. Por isso, é importante cercar-se de pessoas otimistas que vão incentivá-lo a atingir seus objetivos. Quanto mais energia positiva em torno de você, melhor vai se sentir.
13. Não busque a aprovação dos outros.
As pessoas felizes não importam com o que os outros pensam delas. Seguem seus próprios corações, sem deixar os pessimistas desencorajá-los, e entendem que é impossível agradar a todos. Escute o que as pessoas têm a dizer, mas nunca busque a aprovação de ninguém.
14. Aproveite seu tempo para ouvir.
Fale menos, ouça mais. Escutar mantém a mente aberta. Quanto mais você ouve, mais conteúdo você absorve.
15. Cultive relacionamentos sociais.
Uma pessoa só é uma pessoa infeliz. Pessoas felizes entendem o quão importante é ter relações fortes e saudáveis. Sempre tenha tempo para encontrar e falar com sua família e amigos.
16. Medite.
Ficar no silêncio ajuda você a encontrar sua paz interior. Você não tem que ser um mestre zen para alcançar a meditação. As pessoas felizes sabem como silenciar suas mentes, em qualquer hora e lugar, para se acalmar.
17. Coma bem.
Tudo o que você come afeta diretamente a capacidade de seu corpo produzir hormônios, o que vai definir seu humor, energia e enfoque mental. Certifique-se de comer alimentos que vão manter seu corpo saudável e em boa forma e sua mente mais tranquila.
18. Faça exercícios.
Estudos têm mostrado que o exercício aumenta os níveis de felicidade e autoestima e produz a sensação de autorrealização.
19. Viva com o que é realmente importante.
As pessoas felizes mantêm poucas coisas ao seu redor porque elas sabem que excessos as deixam sobrecarregadas e estressadas. Estudos concluíram que os europeus são muito mais felizes que os americanos, porque eles vivem em casas menores, dirigem carros mais simples e possuem menos itens.
20. Diga a verdade.
Mentir corrói a sua autoestima e o torna antipático. A verdade sempre liberta. Ser honesto melhora sua saúde mental e faz com que os outros tenham mais confiança em você. Seja sempre verdadeiro e nunca se desculpe por isso.
21. Estabeleça o controle pessoal.
As pessoas felizes têm a capacidade de escolher seus próprios destinos. Elas não deixam os outros dizerem como devem viver suas vidas. Estar no controle completo de sua própria vida traz sentimentos positivos e aumenta a autoestima.
22. Aceite o que não pode ser alterado.
Depois de aceitar o fato de que a vida não é justa, você vai estar mais em paz com você mesmo. Portanto, concentre-se apenas no que você pode controlar e mudar para melhor.

Essa é uma tradução do texto da Chiara Fucarino.
Texto original: http://successify.net/2012/10/31/22-things-happy-people-do-differently/

Fonte: Todos Somos Um

15 de ago. de 2013

Não há nada mais aconchegante que o abraço da vida.



"Não há nada mais aconchegante que o abraço da vida. Mas a vida não é uma “coisa” que abraça outra coisa que está acontecendo que não é vida, pois tudo o que está sucedendo é a própria vida. E se tudo que está sucedendo é a vida, além daquilo que estiver sucedendo, não sobra nada. E é justamente este “nada “, aquilo que abraça cada acontecimento. Este “nada”, porém, é um “nada que observa”. É uma observação que não tem forma alguma, mais que está presente sempre. Por isto, talvez a palavra presença se encaixe melhor que nada. Esta presença que abraça, invisível, é também um profundo respeito a cada acontecimento, pois não altera em nada o que esta acontecendo. E a vida então é o abraçado e aquilo que abraça. A Vida é o próprio abraço. É a presença em cada acontecimento. Presença que esta intrínseca em cada movimento. Cada movimento é então pura vida. Vida acontecendo. Cada objeto, cada ser. As pedras são vida. São a presença da vida em forma de pedra. É simples porém profundo. Ver em tudo, absolutamente em tudo a vida, é sentir o abraço, pulsar neste abraço. Ver que a presença está em cada animalzinho, em cada inseto, em cada plantinha, em cada árvore… No vento está a presença. No canto dos pássaros está a presença do abraço. No som do pneu do carro na rua movimentada está a comunhão. Nada se escapa deste amor. E cada detalhe que se manifesta é total, completo nesta presença. Tudo repousa neste aconchego. Até a maior confusão está permeada por este abraço vital. A furia, a dor, a ansiedade…tanto quanto a alegria, a felicidade e o êxtase. É um abraço de si mesmo para consigo mesmo. Um abraço sem precisar ir ao encontro. A existência, apenas existindo, já é o encontro. A própria vida é o presente."


~ Haroldo Vargas

"Quando a mente, aquilo que pensa que tudo está separado, não entra nas relações, a unidade é vista, sem existir "eu" e "tu". Tudo apenas é. Alguns chamam isto de amor.
Assim sendo, não pode haver amor de verdade entre “eu” e “tu”. O paradoxo do amor é que só há amor justamente quando desaparece o “eu” e o “tu”, quando desaparece a relação, quando há unidade. E sempre há unidade… apenas as vezes está encoberta pela sensação de haver dois, criada pela mente.

Quando a "relação" ocorre a partir da unidade, quando o "relacionamento" é uma expressão que brota desde a autenticidade de quem somos de verdade, e não a partir desta pequena identidade chamada “eu”, que se sente separada de tudo e de todos, as "relações" não são mais um meio de buscar preenchimento para algo que se sente que esta faltando.
A partir do verdadeiro ser, este fundamento onde tudo repousa, as "relações" ocorrem livremente sem exigir nada. E é tão íntimo que nem da para dizer mesmo que há relação. É pura celebração."

~ Haroldo Vargas


Fonte: Divina Leela (facebook)

23 de abr. de 2012

Meditação na gestação



"A gravidez é mais do que um estado físico da mulher. Durante o período de gravidez, a mulher está a criar dentro do seu corpo um novo Ser. Uma mulher grávida com a sua consciência ampliada pode comunicar com o seu filho de uma forma muito mais abrangente. O bebé está à espera de comunicar com a sua mãe.

A meditação é uma ferrament...a indispensável em qualquer etapa da nossa vida. Porém, a gravidez é uma oportunidade de a mulher abrir as janelas e as portas que estão fechadas dentro dela, trabalhar as suas emoções e enfrentar os seus medos. A gestação não é apenas a gestação de uma criança mas também a gestação de uma nova mulher que ao viver a sua gravidez conscientemente, descobre à sua frente um horizonte lindissimo onde antes só via paredes.

A meditação durante a gravidez ajuda a mulher a aceitar as modificações do seu corpo e a glorificá-las, ajuda a lidar com a ansiedade e com o medo, ajuda a mulher a centrar-se no seu processo interno e a renascer mais brilhante e mais forte.

Enquanto um bebé está a crescer dentro de nós, é muito importante evitar irritar-se, evitar ambientes desarmoniosos e visualizar imagens belas que conduzam ao relaxamento e à paz.

Para além disso, a meditação abre um canal de comunicação entre a mãe e o bebé em que através da concentração, da paz e do silêncio interior, a mulher consegue sentir a energia do seu filho, comunicar com ele e criar desde do primeiro momento uma relação profunda com o bebé que cresce dentro dela.
Talvez por todas estas razões, estudos comprovam que a prática de meditação durante a gravidez conduz a uma menor incidência de complicações durante o parto assim como da depressão pós-parto.

A meditação durante a gravidez é um hino à vida, ao renascimento e à paz interior."

Drª Susana Pinho

17 de abr. de 2012

REGRAS DE SE SER HUMANO



Você receberá um corpo.
Pode gostar dele ou odiá-lo, mas ele será seu durante essa rodada.

Você aprenderá lições.
Você está matriculado numa escola informal, de período integral, chamada vida. A cada dia, nessa escola, você terá a oportunidade de aprender lições. Você poderá gostar das lições ou considerá-las irrelevantes ou estúpidas.

Não existem erros, apenas lições.
O crescimento é um processo de tentativa e erro: experimentação. As experiências que não dão certo fazem parte do processo, assim como as bem sucedidas.

Cada lição será repetida até que seja aprendida.
Cada lição será apresentada a você de diversas maneira, até que a tenha aprendido. Quando isso ocorrer, você poderá passar para a seguinte. O aprendizado nunca termina.

Não existe nenhuma parte da vida que não contenha lições.
Se você está vivo, há lições para aprender.

“Lá” não é melhor do que “aqui”.
Quando o seu “lá” se tornar em “aqui”, você simplesmente entenderá que o melhor é viver o "aqui" e "agora".

Os outros são apenas seus espelhos.
Você não pode amar ou detestar algo em outra pessoa, a menos que isso reflita algo que você ama ou detesta em si mesmo.

O que fizer de sua vida é responsabilidade sua.
Você tem todos os recursos de que necessita. O que fará com eles é de sua responsabilidade. A escolha é sua.

As respostas estão dentro de você.
Tudo o que tem a fazer é meditar, analisar, ouvir e acreditar.

Por Twyla Nitsch
Se algum artigo neste blog estiver como "autoria desconhecida" e você souber informar, agradeço e farei a devida correção. Solicito também que ao extrair qualquer informação desta página seja adicionada à devida autoria ou endereço: http://pedagogiadoencontro.blogspot.com

Grata pelo Encontro.