Este Espaço tem por objetivo compartilhar leituras, falar de encontros, educação, eco-feminismo, parto humanizado, cultura de paz, espiritualidade, dança... de movimentos que o Universo faz pelos quais nos encontramos.
Seja bem vindo, a entrada é franca e amiga... mas chegue com o coração aberto, senão, de nada vai adiantar estar aqui!

31 de ago. de 2009

Em busca do Espírito

Existe uma dimensão espiritual em todos os relacionamentos, independente de sua origem. Duas pessoas unem-se porque o espírito as quer juntas. Assim, é importante ver o relacionamento como algo movido pelo espírito, e não pelo indivíduo. É importante ouvir o espírito. Nós ocidentais nos afastamos muito das “coisas” do espírito, é preciso nos reconectarmos.

Como fazer isso?
Podemos começar saindo do padrão comportamental que a mídia nos impõe, cultivar a gentileza, aproximar-se novamente das pessoas, aceitar e dar muito abraço, olhar nos olhos, contemplar a natureza ao redor, observar seu movimento e aprender com ela. Buscar compreender que somos partes de um todo divino, preservar os vínculos afetivos, exercer a virtude do perdão, não alimentar a “corrente do medo”, colocar-se a serviço do amor, dar sentido e significado a existência, cuidar da Casa Comum (o planeta Terra), perceber a vida em todos os seus níveis e dimensões e respeitá-la.

Vivemos numa sociedade de consumo que incentiva e valoriza a competição e a competição é anti-social, é excludente e faz vítimas. O que nossa civilização precisa é superar a ditadura do modo-de-ser-trabalho-produção-dominação e “conceder direito de cidadania à nossa capacidade de sentir o outro, de ter compaixão com todos os seres que sofrem, humanos e não humanos, de obedecer mais à lógica do coração, da cordialidade e da gentileza do que a lógica da conquista e do uso utilitário das coisas”. (Boff, 2008)
Na vida tribal, a pessoa é forçada a diminuir de ritmo, a vivenciar o momento e comungar com a terra e a natureza. Admiro muito a organização das comunidades tribais, penso que devemos reaprender com eles. O cuidado com a Mãe-Terra, com o outro, com a comunidade é algo latente em uma organização tribal.
Hoje fala-se muito em sustentabilidade, em medidas ecológicas, mas por outro lado cresce o número de vítimas da violência, do uso abusivo de entorpecentes... onde está o foco do problema?
Agora os meios de comunicação divulgam o número de vítimas da Gripe A, contribuindo com a epidemia do Medo, que já vem a bastante tempo, sorrateiramente, contaminando nossa civilização. Cada vez mais nos distanciamos do contato, do toque, da convivência... fechando-nos ainda mais. O que querem de nós agora?


Fico me perguntando qual das espécies está, realmente, no poder neste momento, nós ou os Vírus? Espero que sejam os vírus, talvez tenham mais sabedoria! Mas quem é o vírus de quem? Se olharmos para o Macrocosmos, para o Sistema Vivo que é a Terra, os microorganismos somos nós e que epidemia nos tornamos para o planeta? Será que tem “remédio” que nos combata? Ou ficamos com o ditado? Quem não tem remédio remediado está!
O Sistema opressor e manipulador continua jogando com nossas vidas porque continuamos nos permitindo fazer parte deste jogo. Nos fechamos em nossas casas nos defendendo dos bandidos e sentamos em nosso sofá para assistí-los. E quem são eles? Será que sabemos realmente quem nos tira a liberdade? Quem nos tira a alegria da convivência?
A internet nos permite viajar pelo mundo, rever os amigos, ter grupos de bate-papo, mas não nos dá o prazer do encontro. Por isso fico com o ensinamento de Dom Juan: Entre muitos caminhos escolha aquele que tem coração. Nenhum te levará a lugar algum, mas um tem coração!
Cansei de ser massa de manobra e você? Não cansou não?
Por Ana Paula Andrade

Se você tem tempo, não esqueça de salvar a sua mente!

"Estamos confusos sobre onde podem ser encontradas a paz e a felicidade verdadeiras que desejamos para nós e para os outros.
Nossa mente, apegada e distraída com o mundo exterior, perdeu o contato íntimo e a comunicação harmônica com nosso coração, e, conflituada, não reconhece mais a nossa verdadeira essência feliz.
Para alcançarmos felicidade verdadeira, aquela que não pode ser perdida ou roubada, precisamos nos "reencontrar" com a nossa verdadeira essência feliz. Nós precisamos de um Autoencontro.
Autoencontro é só uma palavra para falar sobre a necessidade de "alinhar" nosso coração e mente, pois é deste conflito e desencontro interno que surgem nossas dúvidas, incompreensões e sofrimento". (Enio Burgos)

Olhem bem amados, estas palavras que me chegam as mãos através de uma leitura adorável e simples, de um livrinho de bolso, com um beija-flor na capa, com o seguinte chamado: AUTOENCONTRO - Vida em pleno contentamento, de Enio Burgos (editora Bodigaya).

Que sincronia magnifíca... estou grata ao Universo, à Fonte Que Tudo É, pelos sinais que tenho recebido, pelas pessoas em meu caminho, pelos Encontros (e mesmo os Desencontros) que me trazem ensinamentos.



A poucos dias construí este blog, para contribuir com a Cultura de Paz e com o movimento do Eco-Feminismo, lançando sementes e convites àqueles sonhadores e buscadores, como Eu. Em especial aos Educadores e pais (também educadores), que sentem a necessidade de uma Nova Linguagem.
Compreender o Ser Humano é uma busca que venho fazendo, é algo que me motiva, me move. Inconscientemente fazia isto para saber mais de mim, para me entender, hoje tenho consciência que só meu coração pode falar de mim, dizer-me quem realmente EU SOU. Quanto aos outros, cabe a mim apenas a compreensão.
Seguir o Caminho do Coração é a saída para nossa humanidade, sair da Ilusão e habitar a verdadeira realidade é colocar-se no Centro de vosso Coração e reconectar-se com sua Essência.

"O nosso coração original, como uma bússola, sabe que, em algum momento, perdemos o rumo, pois ele contém a chave desta íntima ligação que todos possuímos com o fluxo maior de todas as coisas, o elo inquebrantável que temos com nossa Grande Mãe, com nosso Pai Cosmos e, por conseguinte, com a nossa felicidade real e duradoura. Separados de nossa essência feliz em nosso coração, separados da nossa Mãe Terra e do nosso Pai Cosmos, somos apenas crianças tristes espalhando todo tipo de dor e sofrimento nesse mundo". (Burgos, E.)

Bem, escutei atenta as palavras do Enio, neste final de semana, que resumiu em poucas palavras o vazio que as pessoas sentem:

"O Coração e a Mente são apaixonados um pelo outro, se amam, não podem andar afastados, eles querem estar juntos. O vazio que as pessoas sentem é a falta que o coração sente da mente".

Nossa, muito bom né?!
Compreendi porque cresce a agressividade, o apego e a indiferença na sociedade... porque vivemos numa escuridão chamada Ignorância, porque nossa mente está em muitos lugares, menos dentro do nosso coração. Porque estamos desconectados da Mente que Sabe e agimos somente com a Mente que Pensa.
Porque os jovens de hoje perguntam: TÁ LIGADO?
Porque eles sabem que estamos desligados/desconectados. Nossa mente tem que estar atenta, estar presente no Aquie e Agora, isto é alinhar corpo, coração e mente. Estar 100% no momento do Agora.
As crianças só querem ser amadas, mas elas precisam sentir a sua presença. Quando você abraça, tem que estar ali com o seu corpo, coração e mente, estar 100%, inteiro. Em qualquer relação se você não está inteiro, uma hora o outro cança de esperar você e vai embora.

Se você tem tempo não esqueça de salvar a sua mente!

Como diz o Enio, este Educador da Alma: "Nenhum homem pode pacificar o mundo inteiro, mas pode pacificar a si mesmo".
Beijo no coração de todos e bons sonhos.

28 de ago. de 2009

Dance e Recrie o Mundo

A dança é a mensagem oculta da alma...




Não deixe nunca de dançar!


PELA PAZ

Que a paz esteja no norte e no sul,
no leste e no oeste.
Que a paz esteja em tudo, no mais
Elevado como no mais profundo.
Que haja paz num todo abrangente
e que a paz tudo penetre.
A paz dos lagos serenos, dos bosques tranqüilos,
A paz das tardes de verão, das noites de luar,
A paz dos calmos oceanos, dos céus siderais,
A paz dos corações fiéis e contentes,
A paz abençoada pelos santos seres.
Que flua dentro de mim e de mim para todos paz, paz, paz
Que não haja mais “para mim” e “meu”
Que eu possa viver somente em um centro de paz
Que haja paz num todo abrangente, e que
a paz tudo penetre.
Paz a todos os seres, sempre eterna, paz.

A FLECHA - A verdade como proteção

O caminho da flecha é reto e estreito e o alvo é sempre o coração. Dentro do coração de cada Guerreiro resite o espírito de compaixão de um Chefe e o sentido da liderança voltada para o Bem do Povo. A felicidade dos filhos da Mãe Terra depende da união de todos os Guerreiros do Arco-Íris do Mundo. É necessário reforçar a Irmandade dos Guerreiros para que se possa completar a formação do Quinto Mundo da Paz. Para que esta paz se manifeste, precisamos utilizar o ensinamento da Flecha, ou seja, Caminhar somente em Verdade. A Verdade passará a constituir a nossa principal arma assim como a nossa proteção.




Compartilho com vocês a mensagem que a Flecha (Cartas do Caminho Sagrado - Jamie Sams) me trouxe hoje:

"Você está sendo solicitado a descobrir a Verdade de sua situação atual. Proteja-se de situações desagradáveis, usando a Verdade como escudo. Não se importe com aquilo que os outros pensam de você. Você conhece a sua Verdade. Assim que aprender a honrar, sinseramente, esta Verdade, você não será mais ferido pelas mentiras alheias.

A Flecha também nos fala das idéias de Fraternidade. A sua arma atual consiste em aproximar-se de pessoas sinceras e bem intencionadas. Afasta-se de todos aqueles que deixaram de honrar o seu Caminho e a sua Verdade. Lembre-se: a Trajetória da Flecha é direta e certeira, e ela lhe afirma: PERMANEÇA NO CAMINHO SAGRADO".


Não poderia ter recebido mensagem melhor hoje. Confiem na voz que vem do Coração!
Um ótimo dia a todos.

Agenda CICC PAZ

Próximas atividades que estarão ocorrendo no CICC PAZ:


Primeiro dia de Lua Nova
CÍRCULO SAGRADO DE VISÕES FEMININAS
Encontro da Lua Nova
c/ Ana Paula Andrade
Projeto do Clã dos Ciclos Sagrados - SP

Público: Feminino
Local: CICC PAZ
Rua São Jerônimo, 76 - Centro - Esteio/RS
Hora: 19:30
Contribuição: R$ 10,00 (+ frutas ou lanchinho para compartilhar)

Agenda Lua Nova
15/03/10
14/04/10
14/05/10
12/06/10
11/07/10
10/08/10
08/09/10
07/10/10
06/11/10
05/12/10

RODA DE CURA COM RITO TRIBAL
CERIMÔNIA XAMÂNICA (Chanupa Sagrada)
(Ocorre toda 1ª terça-feria do mês)
Hora: 19:30

Contribuição espontânea: chá, erva-mate, velas, incensos, o que vier do coração.


Acompanhe a agenda no blog do Clã Filhas da Lua ou pelo orkut.






CICC PAZ
Campo de Integração e Convivência por uma Cultura de Paz

Rua São Jerônimo, 76 - centro - Esteio/RS (próximo a estação do trem)
Fone: (51) 98210643 / 92453371
ciccpaz@gmail.com



Atendimentos e Atividades no CICC PAZ


- Roda de Oração – Rito Tribal
- Círculos Femininos

- Cursos, palestras, vivências
- Dança Circular Sagrada
- Atendimentos terapêuticos com aplicações vibracionais

- Técnicas Orientais e Neoxamanismo
Reiki, reflexologia, cristaloterapia, acupuntura, Qi Gong Li, moxa (acupuntura térmica), shiatzu, terapia corporal, oraculoterapia, Orixá Reiki, banhos e defumações, bioenergética, Cura Quântica.

27 de ago. de 2009

Clã Filhas da Lua e o Sagrado Feminino


O Clã Filhas da Lua é um projeto que idealizei após ter participado e acompanhado alguns trabalhos de Elizabeth Dusik (Jornada da Deusa Interior) e ter me encontrado no caminho do Feminino.

Escutei o chamado do meu coração, que pulsava e me impulsionava a fazer algo que nunca fizera nesta existência, mas que me recordava a cada encontro que participava sentada entre mulheres.

Conheci a UNIPAZ-SUL, a Astrologia, a Tenda da Terra... a minha lua em Câncer e as diversas Deusas em mim. Conheci uma criaturinha das Estrelas, do Espaço, cujo nome ouço desde que nasci: Ana Paula e partillhei meu sonho com ela, que amorosamente se uniu a mim neste trabalho.


Mas preciso reverenciar alguns nomes e alguns ventres que contribuíram (e contribuem) de alguma forma na construção do trabalho que realizo: Elaine Andrade (minha mãe), Jô Alves, Iara Silva, Elizabeth Dusik, Ana Paula Marafigo, Tatiana Almeida, Ana Cristina Machado, Luciana Furquim, Mª Izabel Vieira, Lúcia Torres, minhas irmãs da 14ª Geração de Tenda da Lua (e todas as tendeiras), Vera Lúcia, Tábata, Nádia, Lu, Fê, Jaque, Carolzinha (minha enteada), Durga (minha gata), Jean Shinoda Bolen, Clarissa Pinkola Estés, Monika Von Koss.


Honro a força criativa da Grande Mãe que nos une em sua teia e espalha tantos e tantos Círculos Femininos pelo Planeta. É chegada a hora, de irmanadas em um único Círculo, manifestarmos a Cultura Matríztica.

Bolo à Tara

Olá queridocas e queridões de plantão
Ontem fiz um bolo que batizei "Bolo à Tara", a Mãe Tara, não pensem bobagem! Ficou uma delícia e quero compartilhar a receita com vocês:

3 ovos
um xíxara de açúcar mascavo
1 xícara de aveia
2 xícaras de farinha
1 tablete de margarina (ou óleo ou manteiga)
1 colher de canela em pó
2 maçãs picadas
1 colher (sopa) de fermento
1 xícara de leite
Acrescentei por conta, uvas passas, nozes picadas, um pouco de noz moscada e gengibre em pó (vai do gosto)

Bater primeiro o açúcar, os ovos (só as gemas) e a manteiga. Depois acrescentar o leite, aveia, farinha, canela, maçã e mexer mais. Fazer claras em neve e acrescentar à massa, junto o fermento (bater a mão).
Untar a forma com óleo e farinha e levar ao forno.

Huumm, ficou uma delícia, enquanto eu mexia recitava mantra de Tara, palavras positivas, visualizava cores e símbolos na massa. Claarooo, nosso pensamento cria realidades.

Beijinho e bons sonhos!

26 de ago. de 2009

A FÁBULA-MITO DO CUIDADO

(Fábula de Higino)

"Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco de barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter.

Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado.

Quando, porém Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome.

Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da terra. Originou-se então uma discussão generalizada.

De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa:

"Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura.

Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer.

Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver.

E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada Homem, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil".


Fonte:
(Gaius Julius Hyginus, Fábula-mito do Cuidado, em Saber Cuidar - Ética do Humano, Compaixão pela Terra – Leonardo Boff).

Me encontrava em um momento de re-avaliação interna, quando esta leitura me chegou às mãos. Encomodada com alguns aspectos da minha personalidade e tendo que olhar para algumas sombras que me assombravam, tentava iluminá-las mas já não tinha forças. Parecia que todo movimento que fazia era em vão e a comunicação externa ficava cada vez mais difícil.
Foi quando me vi como terra fértil... e me vi tendo de remover algumas ervas daninhas do terreno de minha psique.
Sofremos estímulos externos dos mais variados possíveis e é preciso estar atento com o que cai na boa terra, como é fértil... tudo cresce e a colheita é inevitável. Arranque as ervas daninhas, com paciência e respeito, porque tudo tem um porquê de ser, tudo tem uma história. A terra sente tudo, cada semente lançada em seu solo, cada raiz arrancada. Seja cuidadoso com você!
Entre fadas e bruxas, entre abraços e beijos, é assim que me encontro... aqui quero ficar, no doce balanço e encanto dos seres mágicos chamados "crianças"!
Aaahh, esses pequeninos e encantadores seres, que me fazem sair de mim e entrar no mundo deles, que me fazem fazer de conta que sou adulta, que me fazem perder a noção do tempo. Como pode alguém evitar estes sorrisos, como pode alguém não conseguir sorrir diante deles?
Como pode tão pequeninos seres apresentarem tão grandiosas lições?

Medo - o vírus que devemos evitar

Muitos vírus anteriores ao da Gripe A já proibiram-nos de buscar o espaço público para encontros de troca e do inesperado. Nossa história foi rica em ameaças sobre o perigo de estar com o Outro, com o diferente,
com o que é diverso e necessita de minha aproximação
para tentar compreender.
Aprendemos, assim, a temer o lugar aonde poderia ser vivido o NOVO em mim e COMUM a nós todos! Este é o verdadeiro vírus que precisamos evitar. O antídoto para a atual paranóia social que nos torna impotentes, solitários e doentes, talvez seja ousar ir a uma farmácia chamada COMUNIDADE e fazer a seguinte receita homeopática:
EU + TU = NÓS.
Aí surgirá um desejo de tecer novas redes sociais, vínculos de força para a sobrevivência conjunta!
(Extraído do material de divulgação do CURSO DE FORMAÇÃO
PSICODRAMA EM REDES SOCIAIS de Sissi Malta Neves)

25 de ago. de 2009

"Olhe bem para cada caminho, experimente-o tantas vezes quanto for necessário... Depois pergunte-se:
- Este caminho tem coração?
Se tiver é bom, se não tiver não presta...
Nenhum dos dois te levará a lugar algum, mas um tem coração e o outro não".
(Don Juan)

24 de ago. de 2009

A ILHA


Por Ricardo Kelmer


Era uma ilha que vivia no meio do oceano. Levava uma vida tranquila, sem grandes questionamentos. Conhecia outras ilhas e com elas se comunicava. Um dia, porém, uma idéia inquietou a ilha: se toda vez que a maré baixava, uma porção de terra se descobria, então até que ponto haveria terra? Até que ponto a ilha existia?

Isso lhe tirou o sono por várias noites. De repente seu conceito sobre si mesma começou a mudar. Sempre se considerara uma porção de terra boiando à superfície da água, isso era ponto pacífico, todas as outras ilhas também pensavam assim. Mas agora já não podia acreditar nisso. Uma ilha não terminava logo abaixo da linha das ondas. Não. Continuava para baixo. Talvez uma ilha na verdade fosse uma... montanha. Uma montanha com o pico fora dágua.

Saber que ela “continuava” além daquilo que sempre julgou ser era algo espantoso de se pensar. Assim, dia após dia, a ilha prosseguiu em seus esforços de auto-investigação - precisava saber até onde existia. Mas à medida que sua atenção mergulhava em si mesma, as águas ficavam mais escuras. Era preciso cada vez mais concentração para não se perder. Ela prosseguiu, mais atenta, e descobriu que aquilo que existia abaixo da superfície continuava sendo ela mesma, sim, mas parecia ter algo como uma vida própria.

Cada vez mais surpresa a ilha constatou que aquela parte mais profunda de si mesma levava uma existência semi-independente, porém interagindo sempre com a superfície: influenciando e sendo influenciada por ela. A ilha então soube a razão porque se comportava dessa ou daquela maneira e muitas coisas ficaram mais claras a respeito de si mesma, de seus relacionamentos com outras ilhas e da vida de modo geral. E a cada descoberta que fazia, outras mais se anunciavam e de repente era como se o Universo se expandisse para dentro dela mesma!

Muito tempo se passou até que se convencesse, verdadeiramente, de que era mesmo uma montanha com o pico emerso. Ela estava presa a uma base e essa base era uma enorme extensão de terra que funcionava como chão. Vinham de lá todas as ilhas. E para lá voltariam todas quando os movimentos da terra, dos ventos e das águas as forçassem a isso. Mas a grande maioria das ilhas não sabia que todas elas continuavam para baixo. Por isso não entendiam as reais motivações de muito do que faziam. A parte acima da superfície era tudo que sabiam sobre si mesmas e isso era pouco. A parte submersa, a montanha, era a parte inconsciente de cada ilha, aquilo que desconheciam de si mesmas. E o fundo do mar era o inconsciente maior, único, de todas elas, o lugar de onde vinham.

Ao entender esse fato a ilha lembrou do tempo em que sua consciência de si própria se limitava àquela minúscula porção de terra à superfície. Todas as ilhas vêm do mesmo lugar - ela repetiu, intrigada com suas descobertas - porque são feitas da mesma terra... A areia e os nutrientes que as raízes de suas plantas colhem, vem tudo do mesmo chão... Todas as ilhas que existem são no fundo uma coisa só que se experimenta em várias extensões de si própria e cada extensão possui consciência de si mas esta consciência é limitada pois quase nunca desce em direção ao fundo, acomodando-se na parte mais superficial... Se cada ilha se aprofundasse em sua noção de si própria, acabaria conhecendo melhor a si mesma e, por virem todas do mesmo lugar, conheceria melhor a todas as outras ilhas.

A ilha viu que eram idéias grandes demais, confundiam a mente. Aquela auto-investigação era importante mas requeria muita atenção para não se perder durante o processo. Só assim poderia transitar com êxito entre as duas camadas de realidade, a que ficava à superfície e aquela mais escura e misteriosa que prosseguia rumo a seu próprio interior.Enquanto tudo isso acontecia as outras ilhas observavam seu comportamento e não entendiam bem o que ela tentava lhes dizer. A ilha sentiu-se só. Viu-se então pensando do ponto de vista da terra: se elas não se conhecem e elas todas são parte de mim, então eu ainda não me conheço tão bem... Assim sendo, como poderia condená-las? Não, não poderia. Deveria entender e aceitar o ritmo natural da vida de cada uma das ilhas. Deveria agir como a mãe sábia e bondosa que incentiva todos os seus filhos mas tem de respeitar o caminho individual de cada um deles... Foi então que, subitamente, a ilha percebeu, num intenso clarão de compreensão, que toda aquela vasta extensão de terra lá embaixo funcionava como um útero a expulsar pedaços de si mesma, forçando-os à superfície. Uma vez lá, eles se entendiam ilhas e começavam então sua aventura individual em busca de saber quem de fato eram, de onde vieram e por que existiam. Mas por que a terra fazia isso? Talvez para ela própria aprender com a experiência individual de cada ilha. Ao morrer, uma ilha levava à terra sua própria experiência que serviria para formar as futuras ilhas. Assim, toda ilha continha em si, sem se dar conta, a mesmíssima areia das que a antecederam. Através da vida de cada uma das ilhas, a terra como um todo estava sempre aprendendo cada vez mais sobre si mesma...

Se isso era verdade, então cada ilha possuía uma enorme responsabilidade: conhecer-se a fundo, viver a vida da melhor forma possível e aprender o máximo que pudesse pois tudo o que vivesse formaria o material do qual seriam feitas as ilhas que a sucederiam.A vida é mesmo uma tremenda aventura! - pensou a ilha enquanto se divertia com os olhares estranhos que as outras lhe lançavam. Uma aventura de cada ilha. Mas também da terra inteira.

17 de ago. de 2009

Aprendi silêncio com os falantes, tolerância com os intolerantes, e gentileza com os rudes; ainda, estranho, sou ingrato a esses professores.

Terapia do Elogio

Quero partilhar o texto que chegou ao meu encontro hoje e... como é incrível a sincronicidade... hoje pela manhã trabalhei em um grupo de educadores sociais a importância de apreciarmos uns aos outros e reparamos que estamos mais acostumados a receber críticas e depreciações do que elogios. Aí... a Rede me traz a mensagem abaixo, do psicólogo Arthur Nogueira.
"Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios: não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando; amigos, etc. Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto. Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.
Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos. Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo quer se sentir querido, a boa dona de casa valorizada, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro; é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.
Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?
Comece agora!"
Você é uma pessoa maravilhosa!

Feliz por chegar AQUI

Queridas(os), como o movimento do Universo é sábio... as respostas nos chegam a todo o momento, basta estar atenta(o) e lembrar da pergunta, rsrsrs. Lançamos diariamente questionamentos ao Universo, estejam atentas(os) a tudo que lhe chega, tudo contém uma mensagem pra você.

Mas... não sei porque disse isso, deve ser para alguém aí do outro lado! Ou para mim mesma! Para que eu me leia, eu me escute, eu esteja atenta. Aaaaahhhhh, SO-CORRO, estou com os pensamentos a mil. Você já se sentiu no olho de um furacão? Tomada por uma invasão de ar, daquelas que se não estiver atenta vai parar nas nuvens?
Esta sou eu nestas três últimas e longas semanas. Refletindo sobre todos os pontos de vista possíveis e imagináveis... surtando nas bolhas de AR.
Hoje, postando no blog do Clã Filhas da Lua me deu uma imensa vontade de falar de mim, dos meus sentimentos, de coisas pessoais... e partilhar experiências de encontro... com o outro, comigo mesma, com Deus... com Deus no outro, com Deus em mim, com Deus! Tudo é Divino! Se me perco é porque preciso ainda me encontrar!
E para falar desses encontros decidi abrir este Espaço. E procurarei enchê-lo de flores, para que, diante dos espinhos, eu aprecie todo o conjunto da Obra.
Abraços com aroma de... (escolha você, só quero te abraçar!)
Se algum artigo neste blog estiver como "autoria desconhecida" e você souber informar, agradeço e farei a devida correção. Solicito também que ao extrair qualquer informação desta página seja adicionada à devida autoria ou endereço: http://pedagogiadoencontro.blogspot.com

Grata pelo Encontro.